PETROBRAS


Empresários afirmam que Petrobras exagerou no mega-aumento.

Representantes setoriais receiam impacto do aumento nos preços.

Representantes de diversos setores da indústria avaliam que a Petrobras exagerou com o mega-aumento anunciado nesta quinta-feira (10).

"Isso é uma situação emergencial e a solução é um conjunto de ações", afirma José Ricardo Roriz, presidente da Abiplast (que reúne o setor dos plásticos).

"Acho que a Petrobras se precipitou ao sair na frente com o aumento dessa magnitude. Resolveu a situação dela, e o problema ficou para os outros, sendo que ela tem um monopólio de derivado de petróleo no Brasil. 

José Velloso, presidente da Abimaq (setor de máquinas e equipamentos), afirma que a maior parte do combustível consumido no Brasil é produzido com custo em real. "A Petrobras só consegue repassar 100% dos aumentos do exterior porque é um monopólio. Eu acho que exagerou", diz.

Para José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), trata-se de um problema antigo.

"Isso nem é de agora. Acho até que agora tem um fato justificável. Mas será que ao longo do tempo ela não exagerou e agora acaba colocando em cima do exagero? 

É muito menos hoje, que o mundo está no turbilhão, mas quem sabe não estejamos pagando um preço por erros anteriores. Toda vez que alguém tentou mexer veio aquela coisa de manipulando preço", afirma.

 E é a principal beneficiária do Repetro, que é um subsídio para a indústria do petróleo", afirma Roriz.



FOLHA DE SÃO PAULO
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