Anvisa nega aval para uso emergencial de
medicamento antiviral contra Covid.
Segundo
agência, Avifavir não mostrou benefícios no tratamento da doença e não atendeu
requisitos mínimo.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) negou nesta
terça-feira (22) autorização para uso emergencial, em pacientes hospitalizados
com Covid, de um medicamento antiviral chamado de Avifavir.
A decisão foi unânime entre os diretores. A avaliação é que o
medicamento não atendeu requisitos mínimos de segurança e eficácia para esse
uso.
O pedido para uso emergencial havia sido feito no fim de abril
pelo Instituto Vital Brazil. A ausência de dados completos, no entanto, atrasou
a análise.
O remédio é fabricado pelas empresas russas API Technologies JCC
e Joint Stock Company Chemical Diversity Research Institute.
O medicamento
é feito pelas empresas com o composto
favipiravir, usado no Japão desde
2014 contra a gripe e alvo de estudos recentes para a Covid.
Até o momento,
porém, nenhuma outra agência no mundo deu aval para uso do remédio contra a
doença, diz a Anvisa.
Entre os problemas detectados, estão fragilidades metodológicas
do estudo.
Para técnicos da área de medicamentos da Anvisa, não é possível
afastar a possibilidade "de que os resultados favoráveis dos desfechos
primários de eficácia tenham sido observados meramente ao acaso."
A avaliação, assim, deixou dúvidas sobre a eficácia e segurança
do medicamento para a Covid, apontou equipe da agência.
Dados demonstraram
teratogenicidade em animais, o que indica possíveis riscos a fetos em gestação,
levando à contraindicação do uso em mulheres grávidas, por exemplo.
FOLHA DE SÃO PAULO