Governo da França fará reunião com sindicatos sobre reforma da
Previdência
País enfrenta segundo dia de ampla
greve contra mudanças na aposentadoria
O governo da França fará uma reunião
com os sindicatos para negociar a polêmica reforma da Previdência, que motiva
uma ampla greve no país desde quinta-feira (5).
Nesta sexta (6), segundo dia da
paralisação, a ministra da Solidariedade e
Saúde, Agnès Buzyn, anunciou que receberá os sindicalistas em
uma reunião marcada para segunda-feira (9).
"Nós ouvimos a revolta dos
franceses", disse, Buzyn, dando a entender que o Executivo pode
fazer algumas concessões.
Na quinta-feira (5), foram
registrados protestose greve em cerca de cem cidades.
Segundo o governo, ao menos 800 mil pessoas foram às ruas.
Os sindicatos falam
em 1,5 milhão de manifestantes. Linhas de metrô e trem, escolas, hospitais e
refinarias deixaram de funcionar.
A sexta-feira promete um dia de
paralisação similar, com quase todas as viagens de trens de longa
distância canceladas, a maioria das linhas de metrô de Paris fechadas e
centenas de voos suspensos.
Yves Veyrier, líder do sindicato FO,
advertiu que a greve pode prosseguir até segunda-feira se o governo não adotar
as medidas adequadas.
Às 8h (4h em Brasília) de sexta,
as autoridades registravam 340 quilômetros de engarrafamentos nos acessos à
capital.
Assim como na véspera, a
companhia de trens SNCF suprimiu 90% das viagens de longa distância e 70%
dos trajetos com trens regionais.
Nove das 16 linhas de metrô
permanecem fechadas, cinco funcionam com a capacidade reduzida e apenas duas,
completamente automatizadas, funcionam de maneira normal.
VALOR ECONÔMICO