Previdência subsidia mais rico, vê Banco Mundial
O Banco Mundial considera a reforma da Previdência Social no país "urgente" não só para dar sustentabilidade às contas públicas no médio e longo prazos como também para corrigir um sistema que, atualmente, subsidia mais a "classe média e o rico" do que o "pobre". Nota técnica do Banco Mundial, encaminhada ao Ministério da Fazenda para contribuir com a discussão da reforma, mostra que, sem mudanças, o rombo do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) irá a 16% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2066. "Se o Brasil quiser evitar um rápido aumento do déficit do RGPS sem alterar o valor dos benefícios de pensão, teria que dobrar a taxa de contribuição dos trabalhadores até 2035 para cerca de 60% do salário bruto. Em 2065, a taxa de contribuição teria que dobrar novamente para 120%, já que haverá dois beneficiários por contribuinte. Esta situação pode conduzir a uma quebra no contrato social", diz a nota técnica.

Folha de S. Paulo
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