O volume de operações de compra e venda de edifícios
comerciais tende a crescer em São Paulo em 2018. Entre outras razões citadas
para isso, aparece a queda tanto dos juros como da inflação.
O assunto interessa aos gestores de carteiras
imobiliárias de entidades fechadas.
Para a presidente da Cushman & Wakefield para a
América do Sul, Celina Antunes, investidores que não estão conseguindo alugar
os seus espaços deverão reduzir os preços que estão pedindo para venda. Na
outra ponta, o potencial comprador com folego financeiro para aguentar a crise
passar encontra agora boas oportunidades para comprar pagando valores mais
baixos.
Já Marcelo Santos, da consultoria Engebane Real Estate,
“os compradores estão mais agressivos por achar que poderão faltar escritórios
em São Paulo daqui a 3 ou 4 anos”.
Na avaliação do Itaú BBA, entre os principais vendedores
de escritórios este ano poderão estar os fundos de pensão, uma vez que alguns
deles estão próximos do limite estabelecido pela norma para esse tipo de investimento.
Na ponta compradora, deverão estar os fundos de investimento imobiliário,
animados pela expectativa de que os juros continuem baixos. O banco espera
sinais de recuperação do mercado este ano, mas acredita que o preço médio de
locação pode levar algum tempo para começar a se recuperar, em razão da taxa de
vacância elevada.
No entender de Pedro Daltro, Presidente da Cyrela
Commercial Properties, os valores de locação não dão mostras de recuperação,
ainda que esteja surgindo “um sentimento de escassez na Avenida Faria Lima”.
Valor