Os
programas de educação financeira e previdenciária realizados pelas entidades
fechadas estão ganhando maior dinamismo e espírito lúdico. Vários desses
programas estão utilizando jogos virtuais para atrair a atenção dos
participantes. É o caso da Fundação Copel, que está lançando um aplicativo que
permite o acesso a um interessante “game” que tem o objetivo de transmitir
conteúdos educativos, além de incentivar a maior interação dos participantes
com os planos de benefícios.
A
entidade lançou o jogo na forma de tabuleiro humano no ano passado, no 37º
Congresso Brasileiro da Previdência Complementar Fechada. “Fizemos um tabuleiro
em que os bonecos eram as próprias pessoas. Logo em seguida, surgiu a ideia de
fazer um App para permitir o acesso virtual a um maior número de participantes,
inclusive de outras entidades”, diz Raul de Vargas, Gerente de TI da Fundação
Copel e Coordenador da Comissão Técnica Regional Sul de TI da Abrapp.
A
fundação contratou uma empresa terceirizada para desenvolver o aplicativo, que
está em fase final de validação. A novidade deve ser apresentada no 4º Encontro
de Tecnologia da Informação da Previdência Complementar Fechada, que será
realizado nos próximos dias 16 e 17 de agosto no Rio de Janeiro. “É um trabalho
conjunto entre as áreas de TI e de negócios da fundação para promover a maior
participação em nosso programa de educação”, explica Vargas.
O “game”
tem três pilares: financeiro, previdenciário e regulamento do plano. Além dos
conteúdos de educação e do plano, o jogo procura envolver o participante com
situações da vida real. “Começa com a escolha de uma profissão e de um emprego,
em seguida, passa a receber um salário e depois tem que escolher entre
situações de consumo, empréstimos e poupança”, comenta Rodolfo Moreira dos
Santos, Assistente Previdenciário da Fundação Copel e um dos responsáveis pelo
projeto.
O
vencedor é aquele que acumula a maior reserva previdenciária. Em um futuro
breve, o aplicativo deve permitir a participação virtual simultânea de diversos
jogadores que estarão ranqueados de acordo à pontuação, explica Santos.
Porta de
entrada – A FAPES é outra entidade que vem oferecendo jogos como parte do
programa de educação. “Acreditamos que o uso de games é uma forma simpática de
trazer para o dia a dia assuntos considerados áridos ou de difícil
entendimento. O jogo pode ser uma porta de entrada para o usuário se aprofundar
em temas mais espinhoso”, diz Gisele de Oliveira, Gerente de Comunicação da
FAPES.
A
fundação utiliza jogos temáticos desde 2014, quando lançou um hotsite dedicado
ao tema. Atualmente oferece seis games virtuais que são acessados pelo portal
da entidade. “São recursos lúdicos que podem alcançar diversas faixas etárias,
principalmente jovens, e transmitem conhecimentos que ajudam na tomada de
decisões adequadas para garantir segurança financeira”, comenta Gisele.
O
sócio-diretor da Engrenagem Virtual, Leonardo Rocha reforça a ideia que o uso
de jogos é um fator de atração de maior participação nos programas educativos.
“O atrativo é o entretenimento, é uma forma de inserir assuntos mais densos de
forma lúdica”, diz.
A empresa
tem um produto de educação voltado para entidades fechadas denominado Futuro
Positivo. Três entidades já demandaram a elaboração de games virtuais.
Atualmente, a empresa trabalha ainda na elaboração de um aplicativo para a
entidade Viva Previdência, que contará com suporte para instalação de games.
Um dos exemplos, da OABPrev de Goiás, foi o jogo do Dia dos Namorados de
2017. “O game era jogado pelo casal, para ver quem conseguia coletar o maior
número de moedas. Em seguida, o jogador podia acessar temas do livro
Inteligência Financeira para Casais”, comenta Rocha. O livro é de autoria do
consultor Gustavo Cerbasi.
Investidor Institucional