INVESTIMENTOS


O investidor brasileiro segue firme no seu intuito de diversificar o risco para além do feijão-com-arroz da renda fixa. Com a Selic na mínima histórica, em 6% ao ano, têm ganhado peso progressivamente ativos de renda variável, fundos imobiliários e debêntures. 

É o que mostram os dados do primeiro semestre referentes às aplicações dos segmentos de varejo, alta renda e private banking da Anbima, que representa o mercado de capitais e de investimentos.

O movimento de diversificação do investidor se refletiu na evolução das diversas classes de ativos. Segundo a Anbima, no varejo perderam tração os fundos de renda fixa (alta de 1,4%), o CDB (+1,3%), as letras de crédito imobiliário (-4,4%) e a poupança (-0,1%).

 Em contrapartida, ganharam velocidade os fundos de ações (+38,6%), os fundos imobiliários (+36,5%), as debêntures (+19,1%) e as aplicações diretas em ações (+28,1%).

 Na alta renda, a parcela em ações aumentou de 4,5% para 6,6% em 12 meses e, no varejo tradicional, saiu de 0,9% para 1,2%. 

Os multimercados atingiram 9,8% na alta renda, partindo de 9,3%, enquanto no varejo a modalidade ainda é pouco representativa, com 1%, um certo decréscimo em relação a junho de 2018 (1,1%).

 "No varejo de alta renda, os investidores, com a queda da taxa de juros, têm mostrado mais apetite a risco", disse José Rocha, presidente do fórum de distribuição da Anbima.

Por outro lado, as contas de energia e guerra comercial pressionando o valor do dólar no Brasil podem acelerar a inflação de agosto, porém nada que comprometa o índice, tendo em vista a fraca atividade econômica do País. 

Para especialistas, o desempenho da inflação de julho reforça a sinalização do Banco Central (BC), de fazer novos cortes na taxa de juros básica da economia (Selic) neste ano.




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