Sem reforma da Previdência, teto de gastos fica 'incompatível' em 2020, diz ministro
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse
nesta terça-feira (18) em entrevista ao G1 que, sem a aprovação da reforma da
Previdência, a regra que criou o teto para gastos públicos se tornará
"incompatível" com a realidade orçamentária do país a partir de 2020.
A regra do teto, que começou a valer em 2017, limita o crescimento dos gastos
públicos, em um ano, à taxa de inação registrada no ano anterior. Em 2018, por
exemplo, os gastos poderão aumentar somente 3% em relação a este ano. De acordo
com o ministro, sem a reforma, até 2020 todo o espaço de crescimento dos gastos
garantido pelo teto seria utilizado para cobrir o aumento do rombo da
Previdência e não sobrariam recursos para outras despesas. "Eu acho que,
sem a reforma da Previdência, seria até 2020, no máximo. Aí uma coisa
incompatível, vai ter que praticamente deixar zero para as outras despesas",
declarou Oliveira.
G1