SUSPENSÃO DE CONTRIBUIÇÕES EXTRAORDINÁRIAS VAI AO GT DAS EFPCS.
A Subcomissão 1 do
Grupo de Trabalho de Revisão Regulatória das EFPCs, que se reuniu (11/7) para discutir a suspensão temporária das contribuições
extraordinárias e adiamento da apuração do déficit de 2022, posicionou-se de
forma favorável à essa proposta e decidiu levá-la à próxima reunião do GT das
EFPCs, junto com as posições divergentes.
Se aprovada na reunião do GT, que
acontecerá na sexta-feira (14/7), a proposta será encaminhada ao Conselho
Nacional de Previdência Complementar (CNPC) para deliberação.
A proposta prevê
que as EFPC possam, de forma facultativa, suspender até metade do recolhimento
mensal de contribuições extraordinárias de responsabilidade dos participantes,
assistidos e do patrocinador, desde que respeitados indicadores de solvência e
liquidez dos planos previdenciários.
Além disso, também poderão,
excepcionalmente, elaborar e aprovar até o final de 2024 o plano de equacionamento
referente ao déficit acumulado de 2021 e 2022.
Para o
superintendente da Previc, Ricardo Pena, “a proposta é fruto da percepção sobre
a realidade previdenciária e do conhecimento sobre a experiência
internacional”.
Pena explicou que “os parâmetros técnicos foram testados de
modo a assegurar que o plano possa ter condições de continuar pagando os
benefícios.
Essa é uma das condições para a suspensão temporária das
contribuições extraordinárias”, disse.
O coordenador do Grupo de Trabalho,
secretário Paulo Roberto, explicou que a preocupação dos que participam dos
debates da revisão regulatória é com o conjunto do sistema e não apenas com uma
parte.
“Nós estamos
olhando para o participante, que recebe o contracheque zerado, e para o
patrocinador, que talvez não concorde com tanto equacionamento de déficit”,
disse. “Se a gente suspender (as contribuições extraordinárias), dá um alívio
para os planos, joga dinheiro na economia, alavanca o sistema e faz rodar”.
Participaram desta
reunião da Subcomissão 1: Ricardo Pena e Alcinei Cardoso Rodrigues, pela
Previc; Paulo Roberto Santos e Narlon Gutierre, pelo Ministério da Previdência;
Rafael Alves, pela Casa Civil; Daniel Góes e Mariana Arozo, pelo Ministério da
Fazenda; Alano Guedes, pelo Ministério de Gestão e Inovação; Silvio Rangel e
Cláudia Trindade, pela Abrapp; Antônio Gazzoni e Marcelo Bispo, pela APEP; e
José Roberto Ferreira e Luiz Felippe, pela Anapar.
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