VARIANTE DO CORONAVÍRUS


Preocupação com variante delta do coronavírus derruba Bolsas pelo mundo.

Medo de novos lockdowns também aumenta busca pelo dólar, encarecendo a moeda.

A disparada de novos casos de coronavírus causados pela variante delta trouxe um dia de sangria para os mercados do Brasil e do mundo. 

O temor de que novos lockdowns sejam necessários e o risco de que a recuperação econômica demore a acontecer deixaram a maioria das Bolsas no vermelho e elevaram a busca pelo dólar.

O recuo nas ações, que veio depois de meses de ganhos constantes em mercados do mundo todo, também refletiu preocupações de que o crescimento econômico gerado pela reabertura de indústrias depois do fechamento no ano passado possa atingir o pico justamente quando a inflação aumenta na Europa e nos EUA.

"As valorizações e o sentimento alcançaram altas extremas de crescimento", disse Ewout van Schaick, diretor de investimento em multiativos na NN Investment Partners. 

"Agora, é claro, o renascimento do vírus está causando incerteza sobre o progresso econômico nos próximos meses."

O estado de Nova York registrou no sábado mais de 1 mil casos de Covid em um dia pela primeira vez desde meados de maio, enquanto as autoridades de países como Austrália e Vietnã lutavam contra o aumento das infecções. 

Singapura endureceu as restrições de distanciamento e os preparativos para os Jogos Olímpicos de Tóquio foram contidos por um surto de coronavírus.

A Inglaterra levantou a maioria das restrições ligadas ao coronavírus na segunda, enquanto mais de 500 mil pessoas, incluindo o primeiro-ministro Boris Johnson, foram instruídas a se isolarem depois de entrar em contato com pessoas infectadas.

No Brasil, o Ibovespa, principal índice acionário do país, encerrou a sessão desta segunda-feira (19) em queda de 1,24%, aos 124.394 pontos, no menor patamar desde maio. 

O volume financeiro da sessão somou R$ 29,2 bilhões.

O tom negativo também predominou nas Bolsas americanas e europeias. Em Wall Street, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq encerraram a sessão desta segunda-feira (19) em quedas de 2,09%, 1,59% e 1,06%, respectivamente.

As ações europeias, por sua vez, fecharam em queda de mais de 2% e tiveram sua pior sessão em nove meses. Estendendo as perdas da semana passada, o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 2,3%, com todos os setores no vermelho.



FOLHA DE SÃO PAULO
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