Com juros caindo, mercado aposta
em retomada dos IPOs no Brasil em 2024
Empresas
ligadas a infraestrutura são favoritas para estrear na Bolsa; projeção de
volume de ofertas chega a R$ 70 bilhões
Após
uma seca de dois anos e meio, a expectativa do mercado é que as aberturas de
capital (IPOs, na sigla em inglês) voltem a ocorrer na Bolsa brasileira neste
ano.
A
estimativa é que já no segundo trimestre tenhamos o primeiro IPO na B3, e as
apostas variam entre três e 20 operações no ano.
Considerando follow-ons
(ofertas subsequentes, de empresas já listadas na Bolsa), as ofertas de ações
podem movimentar entre R$ 50 bilhões e R$ 70 bilhões, segundo projeções do
mercado.
Se
confirmado, o valor superaria com folga os resultados dos últimos dois anos,
quando só houve follow-ons.
Em 2023, foram movimentados R$ 32 bilhões em
emissões de ações, ante R$ 58 bilhões em 2022 —ano da privatização da Eletrobras, responsável
por R$ 33 bilhões do volume de emissões.
A retomada de IPOs também marcaria o fim de um período de
mais de dois anos sem ofertas públicas iniciais de ações na B3. A última
empresa a abrir capital na Bolsa brasileira foi a Viveo, em agosto de 2021.
Naquele ano, foram realizados 46 IPOs no país, e o volume financeiro
movimentado foi de R$ 131 bilhões (incluindo follow-ons).
FOLHA DE SÃO PAULO