4,4 milhões de lares sobreviveram só
com auxílio emergencial em julho.
Aproximadamente 6,5% dos domicílios
brasileiros, o equivale a cerca de 4,4 milhões, sobreviveram no mês de julho
usando apenas os recursos do Auxílio Emergencial.
A informação faz parte de um
estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea).
O valor depositado foi equivalente a
124% dos rendimentos habituais dos lares mais pobres. Já entre as pessoas que
permaneceram ocupadas, a ajuda foi suficiente para superar em 16% a perda da
massa salarial.
Para chegar a essas conclusões, os
pesquisadores usaram como base a Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua feita com apoio do Ministério da Saúde.
"Pela primeira vez, desde o
início da pandemia, o auxílio emergencial compensa em média mais que a
diferença entre a renda efetiva e a habitual.
Ou seja, entre os que permaneceram
empregados, a renda média com o auxílio já é maior do que seria
habitualmente", disse, em nota, o economista Sandro Sacchet, autor da
pesquisa batizada "Os efeitos da pandemia sobre os rendimentos do trabalho
e o impacto do auxílio emergencial: os resultados dos microdados da PNAD
Covid-19 de julho."
IPEA