LONGEVIDADE


"Geração sanduiche" enfrenta o desafio de custear filhos e pais ao mesmo tempo.

É verdade que faltam estatísticas que mostrem com mais clareza a situação no Brasil, mas as evidências aparecem em qualquer conversa com amigos ou parentes e o assunto surge, indicando que tem se tornado cada vez mais comum.

Como as pessoas estão vivendo mais e as famílias têm tido filhos mais tarde, é crescente o grupo da “geração sanduíche“: aquela que é responsável pelos filhos, que estão em idade escolar ou iniciando carreira, e pelos pais, que não se prepararam financeiramente para lidar com os custos do envelhecimento. 

Pior: as pessoas dessa geração ainda têm que se preocupar com a própria poupança para a aposentadoria porque sabem que não vão conseguir se sustentar só com a previdência pública.

Nos Estados Unidos, uma pesquisa do centro Pew indicou que mais da metade dos americanos estão “ensanduichados” entre filhos e pais que precisam de apoio financeiro. 

No Brasil, um dos poucos estudos é do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), do fim de 2023, que indica que havia no país quase 1 milhão de pessoas que viviam com filhos até 24 anos e idosos com 65 anos ou mais.

Especialista ouvido pelo site nota serem cada vez mais comuns os casos de famílias que vendem patrimônio, especialmente imóveis, para enfrentar as novas despesas com planos de saúde, medicamentos, home care e residencial para idosos, além dos gastos com a educação dos filhos.



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