Robôs de companhia com câmeras
integradas: Uma nova fronteira no cuidado aos idosos
Os robôs de companhia têm sido
cada vez mais frequentes em cidades japonesas e devem ser incorporados em
outros países, sobretudo, ao público idoso, uma vez que é possível monitorar os
cuidados domiciliares, além de uma série de benefícios.
Entre os meses de novembro de
2023 a maio de 2024, a Japan House São Paulo exibiu a exposição
"Convivendo com robôs".
A mostra retratou aspectos particulares do
desenvolvimento de robôs japoneses e ofereceu ao público brasileiro a
oportunidade de refletir sobre a convivência com eles de maneira amigável, já
que ao cotidiano japonês eles já estão mais do que incorporados.
O envelhecimento da população
O mundo está enfrentando um
envelhecimento populacional sem precedentes.
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) estima que, até 2050, a população global de pessoas com 60 anos ou mais
deverá atingir 2 bilhões, representando 22% da população total.
Este aumento
significativo na longevidade traz consigo desafios complexos, especialmente no
cuidado e monitoramento dos idosos.
Idosos morando sozinhos
Muitos idosos preferem viver de
forma independente, em suas próprias casas, em vez de se mudarem para lares de
idosos ou morar com familiares.
Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 28%
das pessoas com mais de 65 anos vivem sozinhas, e esse número tende a crescer
com o envelhecimento da população dos "baby boomers".
Essa
independência, embora desejável, pode levar a riscos aumentados, especialmente
no que diz respeito a quedas e emergências médicas.
Investimento em cuidados
domiciliares
Para apoiar esses idosos, há um
crescente investimento em enfermeiros e outros profissionais de saúde que
prestam serviços de cuidado domiciliar.
Esses serviços incluem monitoramento de
saúde, ajuda com atividades diárias e resposta rápida a emergências.
No
entanto, a demanda crescente por esses profissionais muitas vezes supera a
oferta, levando à exploração de tecnologias inovadoras, como os robôs de
companhia equipados com câmeras.
Quedas de idosos em casa: um
problema crítico
As quedas são uma das principais
causas de ferimentos entre idosos. De acordo com o Centro de Controle e
Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, um em cada quatro americanos com
mais de 65 anos cai a cada ano, resultando em mais de 3 milhões de idas ao
pronto-socorro.
Essas quedas podem resultar em ferimentos graves, como fraturas
de quadril, e são uma causa comum de perda de independência entre os idosos.
Japão: pioneirismo no uso de
robôs
O Japão, com sua população
envelhecida e escassez de trabalhadores no setor de cuidados, é líder no
desenvolvimento e uso de robôs de companhia.
Um exemplo notável é o
"Paro", um robô em forma de foca que é utilizado em hospitais e lares
de idosos para fornecer conforto e estimulação cognitiva aos pacientes.
Além
disso, empresas japonesas têm desenvolvido robôs equipados com câmeras e
sensores que podem monitorar a saúde dos idosos, detectar quedas e até mesmo
alertar cuidadores e familiares em caso de emergência.
Conclusão
Os robôs de companhia com
câmeras integradas representam uma solução promissora para o cuidado de idosos,
especialmente aqueles que vivem sozinhos.
Ao oferecer uma maneira eficiente e
contínua de monitorar a saúde e o bem-estar, esses dispositivos podem ajudar a
mitigar os riscos associados ao envelhecimento e proporcionar uma vida mais
segura e independente para os idosos.
O pioneirismo do Japão nesta área serve
de modelo para outras nações que enfrentam desafios similares, destacando a
importância da inovação no cuidado com a população idosa.
ASSISTA AO VÍDEO | https://youtu.be/WhsGxpuKumo
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