77% dos distritos de SP têm alta incidência de
dengue.
Jaguara, bairro na
zona oeste da cidade, registra o maior número de casos da doença por habitantes.
A epidemia de dengue cresce na cidade
de São Paulo, que já tem incidência de 559,5 por
100 mil habitantes.
A prefeitura decretou estado de emergência pela doença no
dia 18 deste mês.
Há uma semana, o
número de incidência era de 414,1 por 100 mil habitantes, de acordo com o
boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde.
Os dados
referem-se ao acumulado de janeiro a 20 de março de 2024.
A piora da
situação também pode ser percebida em cada um dos 96 distritos administrativos da cidade de
São Paulo, —74 deles (77%) têm o coeficiente de incidência acima de 300.
O
coeficiente de incidência é um critério da OMS (Organização Mundial de Saúde) e do Ministério da Saúde para classificar uma
região como epidêmica quando há mais de 300 casos para 100 mil habitantes.
O Jaguara, bairro
na zona oeste de São Paulo, tem a incidência mais alta do município: 6.065,1.
Em 2023, fechou o ano com 656,6. Nem em 2015, quando o país enfrentou uma epidemia de dengue e a capital paulista
contabilizou 103.186 casos, chegou a um patamar tão alto. Na época, alcançou
1.032,8.
Em segundo lugar
vem São Domingos, na região norte, com 2.106.
São Miguel, na zona leste, é o
terceiro distrito onde a doença mais se espalha. Lá já são 1.907,2 casos por
100 mil habitantes.
No município de São Paulo, outros 22 distritos
mantêm coeficiente de incidência abaixo de 300.
É o caso de Vila Mariana
(66,1), Saúde (77,0) e Moema (89,1), localizados na região sudeste, de acordo
com a divisão da Secretaria da Saúde.
O número de mortes por dengue na cidade de São
Paulo chegou a 19, aumento de 8 registros em uma semana. Outros 60 óbitos
permanecem em investigação.
Até 20 de março,
foram confirmados 67.168 casos da doença —alta de 35,08% se comparado ao número
registrado no último boletim da Prefeitura, em 13 de março.
FOLHA DE SÃO PAULO