Em artigo sobre
estarem os pessimistas ganhando a batalha que travam com os otimistas no que
concerne aos resultados dos fundos de pensão nos EUA, John Authers, do
Financial Times, nota que em todos os anos deste milênio as metas de
retorno dos fundos pensão caíram - de 9,2% em 2000 para 6,5% ao ano.
Dados oficiais
mostram que as pensões públicas nos Estados Unidos - que tendem a enfrentar um
problema maior que os planos da iniciativa privada devido ao subfinanciamento -
estão mais otimistas. Elas assumem que os retornos nominais se manterão em nada
menos que 7,56%. Pelo fato de suas projeções para a inflação terem caído mais
rapidamente do que seus retornos projetados, suas taxas reais previstas de
retorno subiram para 4,6%.
Com o alto preço das
ações, e a tendência de um mercado baixista para os bônus, será que um retorno
real de 4,6% é realista? Projetar retornos futuros é imensamente complicado,
mas mesmo esse retorno parece otimista. Por exemplo, a AQR publica projeções
regulares para um período de cinco a dez anos de retornos, e prevê retornos
reais de 4% para as ações americanas e de 4,7% para os mercados emergentes.
Outros ativos deverão ter desempenhos mais fracos, segundo essas estimativas.
O problema da
alocação de ativos atualmente não permite invejar os gestores de fundos de
pensão. Desde a crise, o padrão tem sido migrar das ações (o que significa
perder as vantagens de seu sólido desempenho) para os bônus (que facilitam o
cumprimento dos compromissos financeiros) e para ativos alternativos (o que
significa que gestores de fundos hedge e de private equity encontraram uma
ótima nova fonte de negócios).