A Bolsa voltou a fechar acima do patamar simbólico de 100 mil pontos
nesta terça (28), com alta de 1,52%, a 101.185 pontos, enquanto o dólar
caiu 0,80%, para R$ 5,16.
O resultado positivo veio em dia de alta das commodities e divulgação da ata do Copom, que manteve o tom
duro do comunicado da semana passada, mas passou o recado de que um arcabouço
fiscal "sólido e crível" pode resfriar as expectativas de inflação.
- As duas maiores empresas do
índice, Vale e Petrobras, fecharam em alta de 1% e 1,7%, respectivamente,
e, assim como outros papéis ligados a commodities, ajudaram com o avanço
da Bolsa no dia.
- Em relação à ata, os economistas do mercado avaliaram que
o BC manteve sua postura firme contra o início do corte de juros antes de
as expectativas de inflação voltarem a ficar na meta considerada pela
autoridade, mas indicou que a regra fiscal pode ajudar nesse processo.
Entre as empresas,
o destaque ficou para a Hapvida, cujos papéis subiram 18% no dia.
- Ela vinha sofrendo com o mau
humor do mercado desde o início do mês, quando divulgou o balanço, e viu
seus papéis ampliarem a queda após dizer que considerava uma emissão de
ações para fortalecer o caixa.
Na segunda à noite, porém, a Hapvida tranquilizou parte
dos acionistas ao anunciar duas operações junto a seus controladores para
ampliar a liquidez da companhia:
- Um sale and leaseback,
operação que consiste na venda dos ativos e, ao mesmo tempo, um contrato
para alugá-los de volta. Serão dez hospitais envolvidos no acordo,
com R$ 1,25 bilhão indo para o caixa da companhia.
- Um aumento de capital, com a
família Pinheiro se comprometendo a injetar R$ 360 milhões em uma operação
que, no total, vai emitir 385 milhões de ações, movimentando cerca de R$ 1
bilhão.
FOLHA DE SÃO PAULO