A falta que a previdência complementar faz


O negócio de água e saneamento do Piauí é bom. Ruim mesmo é a estatal que cuida dele, a Agespisa, que se converteu num zumbi estatal com dívidas que ultrapassam R$ 1 bilhão – o que indica sua morte, faltando quem remova o cadáver. Tarefa dura essa. O paquiderme autárquico piauiense tem uma folha anual de salários na ordem de R$ R$ 235 milhões – dinheiro demais para resultado de menos. Entre seus empregados efetivos, 400 já vestiram o pijama pelo regime geral da Previdência Social, vulgo INSS, mas não largam o emprego porque não houve no passado quem se preocupasse em montar um sistema de previdência complementar.



Como os salários pagos estão muito acima do teto de proventos do INSS, os 400 aposentados batem ponto, embora seja duvidosa a produtividade do trabalho deles. Outros 200 empregados da empresa, igualmente remunerados acima do teto de benefício do INSS, estão próximos de se aposentar. Manter esses e outros empregados que representam um custo fixo asfixiante para a Agespisa pode custar mais de R$ 100 milhões. Há quem diga que possa ser R$ 150 milhões, dinheiro inexistente no caixa da estatal, mas que poderá vir a subconcessão do sistema de água e esgoto em Teresina e nas maiores cidades do Estado, indicando, mais uma vez, que a festa é para poucos, mas a conta dela é para todos.  

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