Touro de Wall Street já foi devolvido, desafiado e
colocado à venda; conheça a história.
Estátua
que inspirou réplica em São Paulo é marcada por polêmicas.
Inaugurado na última terça-feira (16), o Touro de Ouro –feito
de metal e revestido de fibra de vidro com pintura dourada– mobiliza atenções e
críticas na porta da Bolsa de Valores em São Paulo, onde foi instalado.
Já nos
primeiros dias, a réplica começa a construir um histórico parecido com o do
touro americano, que enfrentou todo tipo de oposição ao longo de 32 anos de
existência.
Já estabelecido entre as atrações turísticas mais
visitadas de Nova York, a escultura original em bronze é reconhecida no mundo
dos negócios como um símbolo de sorte.
Diz a lenda que coçar o focinho, agarrar
seus chifres ou testículos traz sucesso. No entanto, ela chegou ao centro do
mundo capitalista após a crise financeira de 1987.
O touro foi esculpido pelo artista italiano Arturo di
Modica, inspirado pela escultura "O Touro e o Urso",
instalada em 1985 em frente à Bolsa de Frankfurt, na Alemanha, para a
celebração do aniversário de 400 anos do principal mercado da Europa.
No jargão do
mercado, o touro representa os momentos de alta da Bolsa, pois o touro chifra
para cima.
Ele se contrapõe a outro símbolo financeiro, o urso, animal que tudo
derruba com sua patada e representa os momentos de queda das ações.
O touro nova-iorquino também é frequentemente
escolhido como alvo dos protestos de críticos do capitalismo.
Entre os mais
famosos, o movimento Occupy Wall Street (Ocupar Wall Street) completou dez anos
na última segunda-feira (15), véspera da instalação do touro na rua 15 de
Novembro.
Na ocasião dos protestos em Nova York, o touro era
um dos símbolos da manifestação que levou milhares de pessoas às ruas da cidade
para criticar a desigualdade e a corrupção.
FOLHA DE SÃO PAULO