Xi pede união para produção de
vacinas e critica "preconceito ideológico".
Discurso
de presidente da China marcou a abertura do Fórum Econômico Mundial e foi
recebido como alerta da nova postura internacional de Pequim
- Discurso de presidente da China marcou a
abertura do Fórum Econômico Mundial e foi recebido como alerta da nova
postura internacional de Pequim
- Em
meio a um debate sobre a cooperação com o Brasil, China criticou ainda
preconceito ideológico
Alertando que Pequim não
aceitará "preconceito ideológico", o presidente de China, Xi Jinping,
usou seu discurso de abertura no Fórum Econômico Mundial nesta segunda-feira
para pedir que haja um acordo e entendimento entre governos para "incrementar
a colaboração para fabricar e distribuir a vacina para que esteja acessível a
todos os países".
Segundo ele, Pequim cooperou
com mais de 150 países e 13 organismos internacionais, além de mandar equipes
médicas para 35 países. "A China seguirá dando assistência aos países
menos preparados para a pandemia", disse.
Para o presidente, a vacina
precisa ser um bem público e o governo chinês indicou que vai trabalhar para
garantir que países mais pobres possam receber doses.
O fórum, que
tradicionalmente ocorre em Davos, está sendo realizado por meio virtual neste
ano.
A declaração ocorre num momento
em que a China é criticada por sua falta de abertura e transparência no início
da crise sanitária e por não estar atendendo de forma suficiente à demanda por
vacinas.
Brasil está sem interlocutor
oficial com o governo chinês.
Para o presidente, cada país
tem seu modelo e sua história, e ninguém tem o direito de tentar impor um
sistema.
O recado vem após o Itamaraty
adotar, durante a pandemia, tom de críticas contra o comunismo chinês,
alertando para o "comunavírus" e insistindo em criticar Pequim nos
fóruns internacionais.
A situação levou o governo a se
ver sem um interlocutor com o governo chinês, o que gera uma crise de
abastecimento de vacinas no Brasil.
SITE UOL