Ministro da Noruega pede a Haddad que cobre mais imposto de quem explora
ambiente.
De petroleiras a mineradoras, ministro das
Finanças, Trygve Vedum, defende que Brasil siga exemplo da Noruega em taxar
mais empresas que explorem recursos naturais
Em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro das Finanças
da Noruega, Trygve Vedum, defendeu, nesta terça
(27), mais rigor tributário do Brasil sobre empresas que exploram recursos
naturais.
Vedum disse que empresas similares na Noruega pagam
mais tributos para operar e o dinheiro financia necessidades locais,
principalmente saúde e educação.
"Somos um país rico em recursos naturais e nos
orgulhamos de como funciona o sistema de taxação na Noruega", disse Vedum
ao Painel S.A..
"Os setores de óleo e gás, ou da pesca, por
exemplo, não são dominados por uma família ou grande empresa. Uma boa parte
desse dinheiro é revertido em ações do governo."
O ministro chegou ao Brasil nesta terça e vai
participar das reuniões do G20, em São Paulo. Na pauta estarão temas como a
diminuição da desigualdade, transição energética e
investimentos em meio ambiente.
A Noruega não
integra a lista de países do G20, mas foi convidada pelo presidente Lula, que preside o grupo.
Atualmente, o Brasil é o terceiro maior mercado de
investimentos da Noruega, perdendo somente para EUA e Suécia.
O empresariado norueguês concentra boa parte do
capital em solo brasileiro nos setores de óleo e gás, com forte presença da Equinor, companhia de
economia mista da qual o governo da Noruega é acionista majoritário; a
Statkraft, empresa que atua com energia renovável; e a Yara, gigante dos fertilizantes.
FOLHA DE SÃO PAULO