Congresso promulga PEC que destrava nova rodada do
auxílio emergencial.
Novo
benefício social a trabalhadores afetados pela pandemia deve ser pago a partir
de abril.
O Congresso Nacional promulgou na manhã desta
segunda-feira (15) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial, que
estabelece medidas de ajuste fiscal e que era apontada pelo governo como
pré-condição para liberar uma nova rodada do auxílio emergencial.
O benefício deve começar a ser pago apenas a partir de abril.
Os presidentes da Câmara e do Senado afirmaram que
agora aguardam a Medida Provisória do auxílio emergencial com
"ansiedade" e o "mais rápido possível".
Apesar de ter sido apresentada no Senado em 2019, a
PEC Emergencial enfrentou resistência e acabou paralisada.
Após a troca das
presidências na Câmara dos Deputados e no Senado no início do ano, os novos
comandantes no Congresso elegeram como bandeira o auxílio emergencial.
O governo, por sua vez, articulou para que o
benefício fosse liberado somente após a aprovação da PEC, o que colocou a
proposta novamente como prioridade.
Após a apresentação do relatório do senador
Márcio Bittar (MDB-AC), no fim de fevereiro, a proposta acabou aprovada nas
duas Casas em um intervalo de duas semanas.
A tramitação da PEC era um teste de força para o
ministro Paulo Guedes (Economia), que vinha falando a interlocutores que
poderia deixar o governo em caso de não aprovação.
Em relação ao auxílio, a previsão é que a MP que autoriza o
benefício seja encaminhada nesta semana ao Congresso.
As parcelas devem ser variáveis, a depender da
composição familiar. A última versão da medida previa valor padrão de R$ 250
por quatro meses.
Mulheres chefes de família devem receber R$ 375, enquanto o
pagamento para pessoas que vivem sozinhas deve ficar em R$ 150 —Guedes chegou a
mencionar o valor de R$ 175 para esses beneficiários.
No ano passado, foram pagas cinco parcelas de R$
600 e outras quatro de R$ 300.
O pagamento fez disparar a popularidade de
Bolsonaro, que se refere ao benefício como "o maior programa social do
mundo".
FOLHA DE SÃO PAULO