A classe de ativo do mercado brasileiro que embute
atualmente o maior prêmio de risco em relação às eleições é a curva de juros
pré-fixados, segundo avaliação dos gestores do fundo Verde, da asset de mesmo
nome capitaneada por Luis Stuhlberger.
“Dada uma Selic abaixo de 7%, vemos um prêmio
significativo ao se aplicar juros na casa de 10 a 11% na curva de 2020 em
diante. Por essa razão, preferimos as alocações em juros, tanto nominal quanto
real, onde se concentra a maior posição do fundo”, escrevem os gestores do
Verde, em relatório. Além da posição em juros, o fundo tem também exposição
comprada em ações brasileiras em torno de 8,5%, além de manter uma pequena
posição tática vendida em Dólar contra Real. Os especialistas da asset
acreditam que teremos mais volatilidade do que parece precificado, o que deve
ocorrer, contudo, somente a partir do segundo trimestre do ano.
Ao longo de dezembro o Verde teve ganhos na posição
de bolsa brasileira, aumentada ao longo dos últimos meses e que se beneficiou
da alta do mercado. As posições em ações globais também tiveram boa
performance. Ganhos vieram ainda da posição de renda fixa, com a curva de juros
real voltando a fechar ao longo do mês. As perdas, marginais, vieram da
alocação em moedas. Apesar disso, no acumulado de 2017 o retorno do Verde, de
5,25%, ficou bem abaixo dos 9,95% entregue pelo CDI no mesmo período.
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