LONGEVIDADE


É crescente o desafio de cuidar dos idosos.

O Brasil passou de pouco mais de 3,3 milhões de brasileiros com 60 anos e mais, em 1960, para mais de 30 milhões, em 2020. 

No mesmo período, as mulheres deixaram de ter em média 6,1 filhos para 1,6, lembram autores de artigo publicado hoje em jornal.

A população com idade inferior a cinco anos já está diminuindo e continuará a declinar, a uma taxa média anual de -1,1%, enquanto a população de 80 anos ou mais crescerá em média, a 3,2% ao ano.

Pode-se esperar uma redução de 2,6 milhões de crianças e um aumento de 3,1 milhões de octogenários até 2040.

Espera-se que, a partir da década de 2030, a população brasileira comece a encolher.

A longevidade é algo bom, mas são crescentes as dificuldades em assistir o idosos. 

Tradicionalmente, a responsabilidade por cuidados a pessoas dependentes recai exclusivamente sobre a família, na maior parte das vezes, sobre uma mulher. 

Entretanto, as famílias também têm passado por profundas mudanças em sua composição, com menos filhos, e em sua conformação com famílias monoparentais, divórcios, recasamentos, etc. 

Aliado a isso, a inserção cada vez maior das mulheres na força de trabalho, impacta diretamente na (in)disponibilidade de pessoas para a oferta de cuidado familiar. 

Soma-se a este cenário a pouca atenção aos cuidados. Tudo isto requer que a oferta de cuidados se adapte ao novo perfil demográfico e epidemiológico.



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