Planos de saúde marcam posição em queda de braço
sobre quiomioterápico de uso oral.
Entidade
que reúne grandes operadoras defende análise da agência reguladora.
A FenaSaúde,
que reúne os 15 maiores planos de saúde do país, vai voltar a marcar posição em uma audiência pública
no Congresso nesta terça (1º) na velha queda de braço sobre a cobertura dos
medicamentos quimioterápicos de uso oral pelas operadoras, que têm regras
diferentes da burocracia para o remédio endovenoso.
A entidade é contra o projeto de lei que tramita
na Câmara pelo qual bastaria que o produto de via oral tivesse registro da Anvisa com uso terapêutico aprovado para que os planos de saúde fossem obrigados a bancar para o paciente.
Hoje
é necessário um aval adicional da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
A FenaSaúde diz que defende que os remédios orais sejam incorporados à lista de cobertura dos
planos, mas só depois de passar pela chamada ATS, a avaliação técnica da
agência reguladora.
Segundo a entidade, atualmente, os planos já cobrem o
tratamento de todos os tipos de câncer, com 58 medicamentos orais para 115
indicações, todos passados pela ANS.
"O projeto que tramita na Câmara dos
Deputados quer pular esta etapa e prevê incorporação imediata após aprovação
dos medicamentos na Anvisa, o que pode trazer riscos para os pacientes.
Na
última atualização da lista, em abril, 12 medicamentos foram rejeitados porque
não comprovaram melhora na expectativa nem na qualidade de vida do
paciente", diz a FenaSaúde.
FOLHA DE SÃO PAULO