FMI rebaixa a quase zero previsão de crescimento do
Brasil em 2022
Fundo
cita inflação, política monetária mais apertada e estimativa de crescimento menor
para os EUA como determinantes
O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu quase a
zero suas previsões de crescimento econômico para o Brasil em 2022.
As
expectativas foram cortadas em 1,2 ponto percentual, para 0,3%.
O fundo também rebaixou as estimativas para a
América Latina e Caribe —foi diminuída em 0,6 ponto percentual, a 2,4%.
Junto com o Brasil, o México, maior economia do
bloco, teve o corte rebaixado para 2,8% —1,2 ponto percentual.
O FMI citou a inflação, política monetária mais
apertada e uma estimativa de crescimento mais baixa para os Estados Unidos como
determinantes para os rebaixamentos.
"A luta contra a inflação levou a uma forte resposta da política monetária, que
pesará sobre a demanda doméstica", disse o FMI sobre o Brasil em uma
atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Mundial.
O Fundo disse que o México será afetado um pouco
pelas mesmas forças de mercado, agravadas por uma queda esperada no crescimento da produção nos Estados Unidos,
seu parceiro de negócios mais importante.
"O rebaixamento (do crescimento econômico) dos
EUA traz consigo a perspectiva de uma demanda externa mais fraca do que o
esperado para o México em 2022", disse o FMI.
FOLHA DE SÃO PAULO