Mercado segue de mau humor com o
anúncio do Renda Cidadã e Ibovespa fecha em queda.
Ibovespa: -1,15% ( 93.580 pontos)
Dólar: + 0,06% % (R$ 5,63 )
Resumo:
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Financiamento do Renda Cidadã com
verba do Funded deve prejudicar 17 milhões de alunos;
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Vacina da Johnson contra Covid-19 é
segura, apresenta resposta imune e vai para última fase de testes;
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As quatro parcelas adicionais do
Auxílio Emergencial devem atender somente 56% dos beneficiários fora do Bolsa
Família;
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IGP-M, que corrige o preço do aluguel
avança para 4,34% em setembro
Em
mais um dia de fortes emoções, o Ibovespa, principal índice da B3, fechou em
queda de 1,15% com 93.580,35 pontos – a menor pontuação em 95 dias – nesta
terça-feira (29).
O tombo ainda é reflexo do anúncio do Renda Cidadã, realizado
pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na segunda-feira (28).
O mercado
não reagiu bem ao saber que o programa social será financiado com com recursos
dos precatórios e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
(Fundeb).
Diante
do mau humor, nesta terça, Bolsonaro tentou atenuar o desconforto com os
investidores e pediu "sugestões" em vez de críticas.
Ele ainda falou
de privatizações para bancar os custos do Renda Cidadã – algo que apesar de ser
tradicionalmente bem-visto pelo mercado financeiro, gerou ainda mais
insegurança no mercado.
Com os
investidores buscando alternativas em outros mercados, o câmbio subiu no Brasil
e fez a moeda americana 0,06%, aos R$ 5,6389.
A valorização acumulada na semana
chegou foi de 1,48% frente ao real.
Os
conflitos entre Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia, sobre o aumento
dos gastos e o risco de "calote" nos precatórios fizeram o Ibovespa se
descolar novamente dos mercados externos.
Dados
da Economatica, sistemas de de informações financeiras, mostram que a bolsa
brasileira já soma perdas de 437,3 bilhões de reais em valor de mercado desde
que o Ibovespa, alcançou a máxima pós-início da pandemia, em 29 de julho.
Entre
as principais razões estão os incessantes sinais e declarações do governo de
que o reequilíbrio fiscal não é mais uma prioridade.
FINANÇAS FEMININAS