As
principais medidas propostas pelo governo para a reforma da Previdência têm
potencial para reduzir os gastos com aposentadorias e pensões de 18,8% do
Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 para 11,5% do PIB até 2061. O cálculo é do
pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da FGV, e ex-secretário
de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel Pires. Ele preparou
simulações sobre o impacto que cada uma das medidas pode ter sobre as despesas.
O trabalho, ao qual o GLOBO teve acesso com
exclusividade, explicita que a idade mínima de 65 anos com uma regra de
transição para homens acima de 50 anos e mulheres acima de 45 anos — é o que
tem maior efeito sobre as contas públicas. Sozinha, ela reduz os gastos de
18,8% para 15,9% do PIB, quase três pontos percentuais do PIB. Quando se inclui
na conta a mudança proposta pela equipe econômica no cálculo de benefícios, o
impacto faz a despesa total diminuir para 14% do PIB até 2061
o GLOBO