"Se eu levar um soco,
te conto." A frase do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) na véspera de
um debate com críticos da reforma da Previdência ilustra um pouco do que
defensores da principal bandeira do presidente Michel Temer em 2017 têm
enfrentado Brasil afora. Entre os percalços, pressão nas redes sociais e em
locais públicos, como restaurantes e aeroportos, e até na porta de casa. Um
acampamento equipado com banheiro químico foi montado na frente do condomínio
em que mora o presidente da comissão da Previdência, Carlos Marun (PMDBMS), em
Campo Grande. Segundo ele, o grupo chegou a contar com 500 pessoas.
A cobrança também chega por mensagem no celular
e em ligações para o telefone pessoal, diz o peemedebista. "Várias
mensagens são ofensivas, mencionam minha mãe", diz Marun.
Folha de S. Paulo