BANCO DO BRASIL


Veta negócios com indústria bélica e empresas dizem que vão quebrar.

OUTRO LADO: Banco diz que segue diretriz global; governo foi surpreendido.

Banco do Brasil enviou um comunicado a empresas de defesa para informar que, a partir de agora, não usará mais capital próprio para fazer negócios com elas. 

Caberá ao governo destinar recursos para, por exemplo, garantir exportações.

Com a nova política, o BB se junta aos demais bancos privados que, por razões de governança, não fazem negócios com empresas que produzem artigos destinados a guerras, como armas, equipamentos ou veículos.

O governo foi pego de surpresa e agora o que se avalia é a ampliação do Proex (Programa de Financiamento às Exportações) para ajudar o setor, que hoje responde por 4% do PIB.

O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, disse que já se reuniu com a presidente do BB, Tarciana Medeiros. 

Por meio de sua assessoria, o ministério informa que, na reunião, Medeiros prometeu uma possível ampliação do Proex.

Por meio desse programa é possível obter não somente financiamento, mas garantias exigidas pelos compradores no exterior.

Empresas do setor afirmam que o BB era o único que ainda negociava garantias nas exportações. Nem mesmo a Caixa Econômica Federal oferecia esse tipo de produto.

Em geral, a operação, uma espécie de seguro, envolve 30% do valor da exportação. 

Caso ocorra algum problema, o comprador executa a garantia e, assim, é ressarcido pelo pagamento antecipado, uma prática comum nesse tipo de transação.



FOLHA DE SÃO PAULO
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