A IA, sem volta
Na sexta edição do evento Governança 360, realizado pelo IBGC dentro das
comemorações de seu 30º aniversário, especialistas produziram insights sobre o
que a IA traz para as auditorias internas, especialmente no tocante à forma de
abordar o risco.
Penha Rosa, diretora de auditoria interna da Avenue, falou sobre comitê
e rastreabilidade de auditoria. “É bem relevante que o comitê de auditoria
entenda que o uso da IA é um caminho sem volta, nós precisamos nos adaptar.
Inclusive, uma das abordagens mais importantes é a de risco. No momento inicial
é muito comum que a IA tenha uma atuação experimental - à medida que ela vai
evoluindo há uma necessidade também de aumento de controles”, apontou durante a
sua fala.
Sergio Citeroni, membro independente de comitês de auditoria, no mesmo
debate, falou sobre IA, comitê de auditoria e fiscal ao longo do painel.
“A IA
entrega o trabalho pronto. O que a administração precisa fazer? Revisar e
submeter um resumo disso para o comitê de auditoria”, explicou.
Para Elisabete Gonçalves, executiva tributária, as empresas estão muito
preocupadas com vazamento de dados, mas esse não deveria ser o único ponto de
preocupação. “Contratos com fornecedores e provedores de IA, pois podem causar
riscos reputacionais.
Agora que as empresas estão começando a ver isso com mais
cuidado”, elucidou.
Na sessão "IA na agenda do Conselho: estratégia, inovação e cultura
do erro" Eliezer Silva, conselheiro da Raia e diretor do Sistema de Saúde
Einstein, destacou a multiplicidade de visões sobre IA, mas afirmou que cabe a
executivos e conselheiros adotarem-na com o maior propósito ético possível, sem
receio das tecnologias emergentes.
Já Claudia Ferris, conselheira da B3 e da Sênior Sistemas, que
participou do debate, os conselhos precisam criar ambientes favoráveis para
inovação.
Para ela, é essencial que a organização consiga absorver riscos sem
comprometer sua segurança, mas também sem punir tentativas e erros: “Temos
pressa de criar uma cultura que abrace mais a inovação, o que significa
trabalhar com o ambiente do erro”.
IBGC