ANPD pressiona e farmácias terão que rever uso de CPF e outros dados de
clientes
Autoridade Nacional de Proteção de Dados aponta que lojas 'coletaram
informações para finalidades diferentes daquelas indicadas ao consumidor' e que
apresentam baixa proteção de privacidade.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) divulgou uma nota
técnica em que revela como farmácias e drogarias do Brasil lidam com CPF,
endereço, telefone e outras informações de seus clientes.
O órgão criado com a Lei de Proteção de Dados (LGPD) viu evidências de:
- coleta
excessiva de dados
- compartilhamento com terceiros sem deixar
o titular ciente.
A ANPD afirma que vem monitorando as práticas de tratamento de dados
pessoais no setor desde 2020.
Após denúncias de consumidores, o órgão
determinou um estudo sobre o assunto para a Coordenação-Geral de Tecnologia e
Pesquisa (CGTP).
A nota técnica aponta que:
- há
indícios de coleta excessiva de dados pessoais, incluindo aqueles
sensíveis, como a biometria;
- estabelecimentos coletaram informações para finalidades diferentes daquelas
indicadas ao consumidor, sendo compartilhadas, sem
transparência, com prestadores de serviços e responsáveis pelos
programas de fidelização;
- alguns varejistas de setor farmacêutico
apresentam baixa proteção de privacidade de
dados de seus clientes.
A ANPD ainda classificou como "grave" a prática de algumas
empresas que, em seus sites institucionais, não informam como os dados são
tratados.
G1