Os argumentos a favor do dia do trabalho mais
curto.
Fins
de semana de três dias são ótimos, mas condensar cinco dias de trabalho em
quatro pode ser estressante para alguns trabalhadores.
A preocupação com o bem-estar dos profissionais e a
produtividade das empresas durante a pandemia fez com que alguns empregadores testassem novos formatos de trabalho.
Muito se tem falado sobre a semana de quatro dias.
Ocorre que fins de
semana de três dias são ótimos, mas condensar cinco dias de trabalho em quatro
pode ser estressante para alguns trabalhadores e seus empregadores —ou até ser
inviável.
Mas pode haver alternativas. Alguns psicólogos
organizacionais estão sugerindo reduzir a duração do dia de trabalho.
Trabalhar por menos tempo —seis horas em vez de
oito, por exemplo— pode ser uma solução prática para um maior número de
empresas e também melhorar em muito a vida dos profissionais.
"Existem empresas que realmente precisam ficar
disponíveis cinco dias por semana", diz Celeste Headlee, autora de Do
Nothing: How to Break Away from Overworking, Overdoing and Underliving
("Não faça nada: como parar de trabalhar demais, fazer coisas demais e
viver de menos", em tradução livre).
"E, para essas empresas, pode
ser mais fácil e conveniente reduzir o dia de trabalho."
Teoricamente, o dia de trabalho mais curto pode
parecer fantasiosa —afinal, empregadores querem que os funcionários trabalhem o
máximo de tempo possível, e "a ideia da jornada de oito horas está muito
enraizada na sociedade industrial", diz Headlee.
Mas existem
argumentos poderosos em defesa da jornada mais curta, que envolvem maior
bem-estar dos profissionais e possível aumento da produtividade.
Pode ser que,
ao contrário das normas arraigadas, os funcionários consigam trabalhar com mais
concentração se forem para casa mais cedo.
FOLHA DE SÃO PAULO