Desde
1940, a esperança de vida do brasileiro aumentou em 31,1 anos.
A
expectativa de vida dos homens passou de 72,8 anos em 2018 para 73,1 anos em
2019 e a das mulheres foi de 79,9 anos para 80,1 anos.
Desde 1940, a esperança
de vida do brasileiro aumentou em 31,1 anos. Uma pessoa nascida no Brasil em
2019 tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos.
Essas
são algumas informações das Tábuas Completas de Mortalidade para o
Brasil referente a 2019, divulgadas hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A expectativa de vida fornecida pelo estudo é
um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das
aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.
Segundo
o IBGE, em 1940, uma pessoa ao completar 50 anos, por exemplo, tinha uma
expectativa de viver mais 19,1 anos.
Já em 2019, a esperança de vida para uma
pessoa nessa faixa etária seria de 30,8 anos. Atualmente vive-se, em média,
quase 12 anos mais.
No
entanto, a expectativa de vida muda conforme a idade da pessoa e o sexo, sendo
que a taxa de mortalidade dos homens é sempre superior à das mulheres.
Aos 20
anos, a chamada sobremortalidade masculina atinge seu pico.
Em 2019, um homem
de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma
mulher do mesmo grupo de idade.
De
acordo com o demógrafo do IBGE, Fernando Albuquerque, na faixa entre 15 e 34
anos existe maior disparidade entre a taxa de mortalidade da população
masculina em relação à feminina.
“Isso ocorre devido à maior incidência de
óbitos por causas externas ou não naturais, como homicídios e acidentes, que
atingem com maior intensidade a população masculina jovem.
A expectativa de
vida masculina no país poderia ser superior à que se estima atualmente, se não
fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por causas não naturais”.
Entretanto,
de forma geral, em todas as faixas houve declínio da mortalidade ao longo do
tempo.
Para o IBGE, o fato de que, em 1940, a população de 65 anos ou mais
representava 2,4% do total e, em 2019, o percentual passou para 9,5% é um
indicativo de que os brasileiros estão vivendo por mais tempo.
Segundo
o instituto, um modo de se perceber esse movimento de maior longevidade é
observar a probabilidade de uma pessoa que atingiu os 60 anos chegar aos 80 no
país.
“A diminuição da mortalidade nas idades mais avançadas fez com que as
probabilidades de sobrevivência entre 60 e os 80 anos de idade tivessem
aumentos consideráveis entre 1980 e 2019 em todas as unidades da federação,
chegando a alguns casos a mais que dobrarem as chances de sobrevivência entre
estas duas idades”, disse Albuquerque.
Em
1980, de cada mil pessoas que chegavam aos 60 anos, 344 atingiam os 80 anos de
idade. Em 2019, este valor passou para 604 indivíduos na média do Brasil.
IBGE