CENÁRIO ECONÔMICO


Conjuntura

O mês de Julho foi mais um mês de recuperação dos ativos de risco por todo o mundo, porém acompanhada de uma piora do número de casos do Covid-19 no Brasil. O Brasil fechou mais um mês com mais de 1.200 mortes por dia, a média móvel não está diminuindo.

Os governadores dos principais estados do Brasil continuam prorrogando as medidas para a população ficar em casa por mais 15 dias (até meados de Agosto). Após essa data, se a cidade de São Paulo estiver dentro dos parâmetros, seguirá avançando na abertura da economia, flexibilizando mais os horários do comércio.

A previsão que o pico da contaminação ocorresse no meio para final do mês de Maio foi confirmada, porém continuamos no pico no Brasil sem uma queda expressiva do número de mortes. Para tentar diminuir o pico da curva e não comprometer o sistema de saúde, algumas cidades voltaram a fazer quarentena após flexibilização da economia.

Os ativos no Brasil seguiram a dinâmica internacional e assim permaneceram. O destaque positivo ficou para uma recuperação da bolsa, com alta de 8,27%. No ano, porém, o índice ainda segue no vermelho, com queda de 11%. Julho foi o quarto mês consecutivo de ganhos do Ibovespa, após o tombo de 29,9% em março. Em abril, o índice subiu 10,25%, em maio (8,57%) e, em junho, o avanço foi de 8,76%.

A surpresa positiva foi por conta do BRL que teve um mês de forte recuperação. A moeda acumulou uma alta de 4,09% em Julho em um mês onde o dólar se enfraqueceu sobre as principais moedas emergentes

  • O destaque fica por conta da busca pela vacina contra o Coronavírus que segue com foco do mundo inteiro. Até agora, já foram mais de 160 vacinas desenvolvidas no mundo e 25 estão em estágio de testes em humanos em diferentes estágios. Temos aproximadamente 10 na última fase (teste em milhares de pessoas).
  • As consequências econômicas do lockdown em escala global ficaram mais evidentes no mês de julho com a divulgação do PIB do 2º trimestre das principais economias mundiais.
  • Apesar de números muito negativos, os indicadores apresentam uma recuperação das economias em “V”. Os principais fatores para a rápida recuperação foram os maciços programas de liquidez promovidos pelos bancos centrais e a expansão fiscal promovida pelos governos para suporte das economias.
  • O ouro segue sendo um dos ativos mais buscados do mundo como proteção e diversificação. Entre todos os ativos, foi o que mais subiu até então em 2020. A commodity já sobe 62% no ano em reais.
  • No Brasil, muitos ruídos em torno de uma potencial nova CPMF, além de possíveis manobras para “driblar” o teto dos gastos públicos. Esses são risco que precisam ser monitorados para o quadro fiscal do país e tendem a afetar de forma mais negativa a curva longa de juros e o mercado de câmbio.


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