Com a inflação em alta, veja duas aplicações que você deve evitar em seu
portfólio.
A divulgação da inflação oficial para o mês de maio acendeu uma luz amarela no radar dos
investidores. A variação de preços medida pelo Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) acumula uma alta de mais de 8% em doze meses.
Segundo dados da pesquisa entre economistas realizada pelo Banco Central (BC), a inflação
deve cair, retornando para a meta de 3,50% ao ano até meados do próximo ano.
Esta previsão pode ser vista no gráfico abaixo na linha vermelha.
Lembre-se, você deve sempre investir considerando o que deve
ocorrer em relação ao que o mercado já espera.
Uma alta de juros já está precificada. Assim, você deve considerar se
esta alta é maior ou menor do que o que você espera que o BC realize.
Com esta incerteza sobre o movimento dos juros, duas
aplicações têm recebido aportes dos investidores. Mas você deveria evitá-las no
curto prazo.
A primeira aplicação que você deveria evitar é a caderneta de poupança.
Embora a poupança tenha rendimento positivo, ela é com certeza
inferior a outras aplicações de mesmo risco como CDBs. Se você precisa de
alguma liquidez, prefira aplicar em CDBs de vencimentos curtos e referenciados
ao IPCA.
O segundo movimento que os investidores deveriam evitar é a aquisição de
títulos referenciados ao IPCA ou prefixados com vencimento superior a seis
anos, ou seja, de longo prazo.
O último balanço divulgado pela plataforma do Tesouro Direto mostra que os títulos
referenciados ao IPCA com prazo superior a dez anos têm sido preferidos pelos
investidores.
Os preços de títulos de longo prazo são mais afetados pelos
movimentos de taxa de juros.
FOLHA DE SÃO PAULO