Norma Contábil Internacional


O mercado segurador começa a se preparar para a grande mudança que ocorrerá a partir de 2022, com a adoção da chamada IFRS 17, Padrão Internacional de Relatórios Financeiros (International Financial Reporting Standards 17), norma mundial que alterará significativamente o modelo de gestão contábil, financeiro e atuarial das empresas de seguros.

 

Todos os contratos serão regidos pelas novas regras, que mudarão a forma de as organizações reconhecerem suas receitas e de mensurarem seus passivos. A vantagem para as empresas e as entidades abertas é a de se tornarem alinhadas à metodologia global. Os riscos têm a ver com prazos. Há dúvidas por parte de especialistas de que todo o mercado estará preparado para adotar a IFRS 17 já em 2020.

 

A IFRS 17, definida pelo International Accounting Standards Board (IASB) e aprovada em 2017, visa assegurar um tratamento contábil comum ao mercado segurador global, permitindo a comparação de resultados a partir dessa unificação, além de maior transparência nos resultados. Atualmente, a legislação tanto no Brasil como no exterior adota formas distintas de cálculos, resultando na diversidade de práticas contábeis.

 

"A IFRS 17 já é considerada revolucionária", diz Alexandre Paraskevopoulos, sócio da Deloitte. Segundo ele, as grandes empresas mundiais já começaram a aplicar a norma, mas, dada sua complexidade, pressionaram para que entrasse em vigor em 2022, um ano depois do previsto inicialmente. Além de permitir maior comparabilidade, a IFRS 17 alterará o modo como a seguradoras avaliam seu desempenho.

Carlos Matta, sócio da PwC Brasil, faz a mesma avaliação. "O impacto será bem relevante e o maior deles ocorrerá na área de tecnologia", disse. As companhias terão que adaptar todos os sistemas de forma disruptiva.

Danielle Torres, sócia- diretora da KPMG, diz que a norma introduz três modelos de contabilização para mensurar contratos de seguro e registro de receita. Destaca, entre as novidades, o de mensuração do passivo, trazendo métricas de interpretação que, até então, não se mostram tão evidentes nas demonstrações financeiras.



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