MERCADO - AGENDA DA SEMANA


Dados de atividade e questões fiscais são destaques na agenda desta semana.  

A trajetória prospectiva fiscal - continuará no centro das atenções dos agentes econômicos no Brasil, enquanto aguardam por uma definição de estratégia do governo federal para avançar com as reformas no Congresso, principalmente a PEC do pacto federativo, que definirá cortes em despesas para abrir espaço ao financiamento de um novo programa de renda mínima. 

Também são esperadas mais sinalizações sobre o novo regime fiscal, que pode envolver um novo imposto e alterações no atual sistema tributário. 

Tais expectativas ocorrem em virtude da falta de esclarecimentos sobre como esse novo arranjo conversará com as reformas tributárias em andamento no Congresso. 

Pelo lado da atividade econômica - o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará na sexta-feira (2) os dados da produção industrial nacional de agosto. 

Pelas nossas projeções, a produção industrial brasileira deve ter avançado 5,1% no período, na comparação mensal dessazonalizada, praticamente superando o choque provocado pela pandemia do novo coronavírus e voltando a um patamar acima do nível de fevereiro. 

Com esse desempenho mensal, a indústria nacional deve apresentar -0,3% de produção em relação a igual mês do ano passado.

Nesta quarta-feira (30), o IBGE divulga também a taxa de desemprego de julho - captada pela PNAD Contínua. 

De acordo com nossas projeções, a taxa de desocupação deverá ficar em 14,6% no trimestre terminado em julho, que se compara à taxa de 11,8% observada em igual trimestre de 2019. 

O aumento da desocupação mostra que um número maior de pessoas que estavam fora da força de trabalho está voltando a buscar nova colocação, atraídas pelo crescente dinamismo que a economia vem apresentando nos últimos meses. 

O Cadastro Geral de Empregado e Desempregados (Caged) divulga na terça-feira (29) a evolução do emprego no setor formal da economia no mês de agosto

Pelas nossas projeções, estimamos a criação líquida de 215 mil vagas no mês, reduzindo para 1.064 mil os postos de trabalho fechados por conta da pandemia.

No campo dos preços - a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga nesta terça-feira (29) o IGP-M de setembro, que deve registrar inflação de 4,59% no mês. 

A alta no período refletirá a aceleração dos preços da agropecuária, com pressões oriundas das cotações de carnes, de leite e derivados, e de grãos. 

Os preços industriais devem moderar o aumento em relação às divulgações anteriores, pela menor pressão dos combustíveis em virtude das recentes reduções efetuadas pela Petrobrás. Nos últimos doze meses, o IGP-M deverá registrar elevação de 18,22%.

Nos EUA, as especulações em torno de um novo pacote fiscal para sustentar a recuperação da economia em meio à persistência da pandemia continuarão ditando o rumo dos negócios, alimentando a aversão ao risco e mantendo o dólar valorizado frente às principais moedas. 

A perda de dinamismo da economia americana já se reflete no mercado de trabalho, no qual se observa redução no ritmo de novas contratações. 

O relatório de setembro deve mostrar a criação líquida de 865 mil postos de trabalho, reduzindo para 10,6 milhões o saldo de empregos destruídos pelo choque da COVID-19. 

A taxa de desemprego deve recuar de 8,4% em agosto para 8,2% com o dado de setembro.

Também serão divulgados nesta semana os números de agosto sobre a renda e o consumo pessoal nos EUA, com evolução dos gastos pessoais abaixo da renda, mantendo em patamar elevado a poupança das famílias. 

Será conhecida, ainda, a inflação ao consumidor no mês de agosto medida pelo deflator da cesta de consumo pessoal (PCE). 

Em base anual, é estimada uma alta de 1,3% para o índice cheio e de 1,5% para o seu núcleo, evoluindo bem abaixo da meta de 2% estipulada pelo Fed em função do choque deflacionário provocado pela pandemia.















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