Rentabilidade da renda variável é destaque no novo IGI


Está  chegando o Novo IGI - Indicadores de Gestão de Investimentos da Abrapp,  que estará disponível para as associadas na primeira quinzena de junho. Uma antecipação dos resultados do novo levantamento mostra que os fundos de renda variável se destacaram em rentabilidade no período dos últimos 12 meses – até abril de 2017. Realizado em parceria com as consultorias NetInvest e Willis Towers Watson, uma das principais novidades do novo IGI é que a atualização das informações sobre retorno e risco dos fundos será realizada mensalmente.



A presente versão da pesquisa traz informações de 921 fundos de investimentos, que contam com aplicações de 123 entidades fechadas de previdência e totalizam um patrimônio de R$ 513 bilhões em recursos. Já as estratégias dos produtos analisados estão divididas em 527 de renda fixa, 224 de renda variável, 161 multimercados e 9 balanceados. Em termos de retorno no último ano, o destaque ficou com algumas classes de fundos de ações, como o Large Cap & Valor, com 43,45%.



“A renda variável, sem dúvida, teve uma forte recuperação na janela de 12 meses, puxada pela performance de ações como Vale e Petro”, diz Marcelo Nazareth, sócio-diretor da NetInvest e um dos coordenadores do IGI. O consultor lembra, porém, que essas ações tiveram desempenho ruim na janela de 60 meses, mas que desde o início do ano passado apresentaram forte performance. A estratégia de Large Cap & Valor registrou -4,84% de retorno em cinco anos. Contudo, o novo cenário político do ano passado impulsionou uma forte performance de papeis como Petrobras e também dos setores elétrico e de mineração.



Outras classes de ações que se destacaram foram Small Cap e Crescimento, com retorno de 27,10%, e Mid Cap e Crescimento, com 22,71%, ambas em janelas de um ano. A classificação dos fundos de renda variável baseou-se em divisões consagradas de casas internacionais como a FTSE, Russell e S&P.


 

Renda fixa – Apesar de não registrar retornos tão exuberantes quanto a Bolsa, os fundos de renda fixa tiveram desempenho acima do CDI no período de um ano.  A estratégia de fundos Pré-fixados teve rentabilidade média de 16,27% em 12 meses, seguida por Pré & Inflação com 15,57% no mesmo período.


“Diversas estratégias de renda fixa foram beneficiadas pelo fechamento das curvas de juros”, aponta Nazareth.



O consultor ressalta ainda a performance dos fundos de crédito privado, que ofereceram retornos adequados se considerados os baixos riscos de mercado. O destaque ficou com a estratégia Pós-Fixado Crédito+, com mais de 60% dos papeis privados, que teve rentabilidade média de 14,17% em 12 meses. Já a classe de fundos Pós-Fixado Crédito, com alocação entre 30% e 60% de títulos privados, atingiu 13,84% em um ano.



A divisão das estratégias de renda fixa segue uma metodologia própria criada pelos coordenadores do IGI. Diferente é o caso dos fundos multimercados, que segue classificação da Anbima – Associação Nacional das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.

 

Multimercados - Dentro das estratégias de fundos multimercados, a liderança ficou com os produtos Long & Short Direcionais, com de 20,26% em 12 meses. “São fundos que também se beneficiaram com o movimento de recuperação da Bolsa”, explica o consultor da NetInvest.

Diário dos Fundos de Pensão
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