'Não temos água': Itaipu enfrenta crise energética
com seca no rio Paraná.
Barragem da usina
registra menor produção desde 2005, quando hidrelétrica começou a operar em
plena capacidade.
Técnicos da usina
hidrelétrica de Itaipu estão se esforçando para cumprir a demanda de energia,
cuja produção despencou devido a uma seca histórica do rio Paraná que pode
durar até o próximo ano.
A barragem da
usina, que fornece cerca de 10% da energia consumida no Brasil e 86% da usada
no Paraguai, registrou sua menor produção desde que a hidrelétrica começou a
operar a plena capacidade em 2005.
Rio abaixo, a usina
argentino-paraguaia Yacyretá produziu metade do nível normal de energia em
setembro, em outro exemplo de como as secas severas estão complicando a mudança dos combustíveis fósseis ao
secar rios e reservatórios.
Zarate estimou que
a produção de Itaipu ficará entre 65 mil e 67 mil gigawatts hora (GWh) neste
ano.
“Isso é cerca de
35% do valor máximo de 2016 e 15% menos que em 2020”, afirmou ele em seu
escritório na usina, localizada entre as cidades de Hernandarias, no Paraguai,
e Foz do Iguaçu, no Brasil.
Itaipu tem
afluência média normal de cerca de 11 mil metros cúbicos por segundo (m3/s),
enquanto a usina de Yacyretá é de 14,5 mil m3/s, segundo seus técnicos. Ambas
dependem do fluxo do rio e têm capacidade limitada de armazenamento.
A produção é
fortemente impactada pelos fluxos rio acima na bacia do Paraná, regulados por
cerca de 50 barragens no Brasil, que viram os reservatórios de água diminuir
desde 2019 em meio à queda nos níveis de chuvas.
REUTERS