Hospitais privados dizem que remédio de intubação
pode acabar em 3 ou 4 dias
Associação
está importando produtos em falta, mas pede apoio urgente ao Ministério da
Saúde.
A Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados)
soltou nesta quinta (25) um novo boletim sobre o estado dos estoques de
medicamentos usados na intubação de pacientes com Covid-19.
A entidade afirma que, nos últimos dias, conseguiu uma pequena parte dos
medicamentos que necessita com o Ministério da Saúde e a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária), além de uma ajuda coletiva entre hospitais,
mas ainda não é o suficiente —há estoque, porém, a situação é crítica.
Segundo a associação, muitos hospitais só têm
produtos necessários para o tratamento da doença por mais três ou quatro dias.
A Anahp diz que as importações emergenciais estão sendo feitas, mas a solução
depende do Ministério da Saúde.
De acordo a Anahp, os associados definiram uma estratégia de
acesso a fornecedores internacionais por meio de importações extraordinárias
dos produtos em falta, o que só foi possível com a alteração de procedimentos
administrativos pela Anvisa.
Ainda assim, de acordo com os hospitais
privados, o tempo mínimo necessário para que os produtos cheguem ao Brasil
exige que o Ministério da Saúde distribua com urgência os medicamentos que requisitou na semana passada
também na iniciativa privada, e não apenas no SUS.
Sem isso, “muitos hospitais privados perderiam,
em um prazo de três a quatro dias, as condições de atendimento aos pacientes
com Covid-19”, diz a entidade.
A Anahp representa os 118 maiores hospitais
privados do Brasil, que atendem cerca de 8 mil pacientes. Entre eles estão
Albert Einstein, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz e Moinhos de Vento.
Na semana passada, a associação havia divulgado
uma estimativa de esgotamento do estoque de alguns
hospitais em 48h por causa da
medida adotada pelo Ministério da Saúde de requisitar os remédios de intubação
na indústria.
FOLHA DE SÃO PAULO