O ministro da
Economia, Paulo Guedes, disse acreditar que a reforma da Previdência deve ser
aprovada num período de 60 a 90 dias: “Em 60, 90 dias, (a reforma) estará
no passado”. “Vamos ter uma surpresa favorável e aprovação deve ser
relativamente rápida. Ao contrário do pessimismo geral, vamos ter uma reforma
interessante".
Porém, esse tom
otimista não é compartilhado por outros atores. Os constantes embates
entre o Governo e o Congresso tornaram-se a principal preocupação da
equipe econômica. A guerra retórica que encerrou a primeira etapa da votação da
medida provisória que reorganizou a Esplanada, na quarta (22), fez aliados de
Paulo Guedes (Economia) classificarem a atuação do PSL como “corrosiva”, e a
debilidade da articulação como obstáculo à agenda do Planalto. O tom é de
chamado à realidade: “O governo precisa querer governar”, disse um membro do
time.
O clima em
Brasília foi agravado nos últimos dias pela avaliação de que a equipe de Paulo
Guedes também está perdida, sem conseguir implementar a retomada da economia,
que não será conseguida apenas com a reforma da Previdência. Em encontro
na quarta (22), na residência de Davi Alcolumbre (DEM-AP), 15 senadores de
diversos partidos, da direita à esquerda, debateram as opções à mesa. A reunião
partiu da premissa de que o País ruma ao impasse.
VALOR ECONÔMICO