ROMBO RECORDE PARA PRIMEIROS
MESES DE GOVERNO
As
contas do governo central (Tesouro, Banco Central e INSS) fecharam os oito primeiro meses do ano
com um rombo de R$ 104,6 bilhões.
Em
números: nos primeiros oito meses dos dois outros
mandatos de Lula (PT), o país terminou com superávit (receita maior que
despesa, sem contar gasto com juros). Em 2003, de R$ 107,8 bi. Em
2007, de R$ 129,2 bi.
As coisas começaram a degringolar a partir do segundo mandato de Dilma Rousseff
(PT). Em 2015, o déficit (despesa maior que receita) foi de R$ 26,3 bi,
e em 2019, sob Jair Bolsonaro (PL), o rombo passou para R$ 66,4 bi.
- Todos os
números foram reajustados pela inflação do período e não consideram o
governo Michel Temer (MDB), que começou em abril de 2016.
O
que explica o atual rombo:
- 4,5% foi o
aumento dos gastos acima da inflação nos primeiros oito meses deste ano em
relação ao mesmo período de 2022;
- 5,5% foi a
queda da receita líquida nessa base de comparação.
As
quedas estão concentradas em royalties, dividendos, concessões e contribuições
previdenciárias. Nas despesas, o grosso foi puxado por INSS, Bolsa Família e
medidas de apoio a estados e municípios.
O esfriamento da inflação, principalmente a ligada ao setor produtivo, como os
preços de commodities, ajuda a explicar o terceiro resultado negativo seguido
da arrecadação em agosto, afirmam os economistas.
FOLHA DE SÃO PAULO