Mercado espera novos reajustes de preço de
combustíveis apesar de congelamento do ICMS.
Segundo
importadores, defasagem na gasolina e no diesel chega a R$ 0,27 e R$ 0,30 por
litro, respectivamente.
Apesar da decisão dos governadores de prorrogar o congelamento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços) sobre os combustíveis, os preços permanecem pressionados pela escalada das cotações internacionais do petróleo e, diante das elevadas defasagens em relação
exterior, o mercado espera novos reajustes no país.
Desde a última vez em que a Petrobras aumentou os preços da gasolina e do diesel, em 11 de janeiro, a
cotação do petróleo do tipo Brent subiu 6%.
O congelamento foi decidido em novembro, com o objetivo de suavizar os repasses ao
consumidor de reajustes promovidos pela estatal.
A princípio, duraria três
meses, mas em meio a embate com o presidente Jair Bolsonaro (PL), os governadores decidiram prorrogar o prazo.
A manutenção da medida, que expiraria em 31 de
janeiro. Em nota, os governadores anunciam que os tributos permanecerão sem
alteração por mais 60 dias.
No texto em que anunciam a decisão, eles cobram do
governo Bolsonaro a mudança na política de paridade internacional nos preços
dos combustíveis praticada pela Petrobras desde 2016 e apontada pela oposição e
pelo próprio presidente como a principal causa dos elevados preços.
FOLHA DE SÃO PAULO