PROGRAMA TRAINEE PARA NEGROS


Trainee para negros é mais que constitucional, diz juíza.

Não há argumentos jurídicos para barrar iniciativa, afirma magistrada

Um cidadão branco que se incomode com o modelo do programa de trainee criado pela rede Magazine Luiza exclusivamente para pessoas negras terá poucos argumentos para comprovar ser vítima de discriminação racial, afirma a juíza do Trabalho Noemia Aparecida Garcia Porto, presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho).

"Como esse branco vai argumentar discriminação quando os postos de trabalhado concretamente analisados naquela empresa são majoritariamente ocupados por brancos?"

A rede varejista anunciou na sexta-feira (18) que só aceitará candidatos negros em seu programa de emprego para recém-formados. 

No sábado (20), a juíza do Trabalho Ana Luiza Fischer Teixeira de Souza Mendonça usou o Twitter para criticar a decisão da empresa

Sua publicação original foi apagada, mas ainda está lá sua resposta ao comentário feito por outro usuário: "Na minha Constituição isso ainda é proibido".

No sábado, a Bayer também anunciou um programa de trainees voltado exclusivamente para negros.

A presidente da associação dos juízes do Trabalho defendeu a iniciativa da Magazine Luiza e disse que a criação do programa é, além de constitucional, desejável.



FOLHA DE SÃO PAULO
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