MERCADO FINANCEIRO


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Crise na Turquia e pandemia descontrolada empurram Bolsa escada abaixo

Esta segunda-feira (22) não foi um bom dia para os mercados emergentes – aqueles que estão em desenvolvimento, mas com certo dinamismo econômico, incluindo o Brasil. 

O caos vivido na economia turca acabou respingando no bonde todo, empurrando os índices ladeira abaixo

O cenário externo, combinado com a situação que o País vive em relação à pandemia, formou um coquetel difícil de engolir. O resultado: Ibovespa para baixo, se descolando das bolsas de Nova York.

O que houve com a Turquia?

Resumindo a história: o agora ex-presidente do banco central da Turquia, Naci Agbal, foi demitido depois de apenas quatro meses no comando pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Isso aconteceu depois que Agbal aumentou de 17% para 19% a principal taxa de juros do país, com objetivo de conter a inflação – algo visto com maus olhos por Erdogan. 

Em seu lugar ficou o economista e político Sahap Kavcioglu, crítico às altas promovidas pelo antecessor.

A dança das cadeiras caiu mal no mercado financeiro, levando ações, títulos e a própria lira, moeda da Turquia, a despencar.

Os investidores estrangeiros – que movimentam bastante o jogo na nossa Bolsa – passaram a ter certa aversão aos mercados emergentes. E quem sofreu a pressão? Isso mesmo, o Ibovespa.


Coquetel explosivo

Os fatores internos vêm aumentando, e muito, a aversão a risco na Bolsa. O principal deles é o avanço do coronavírus: neste fim de semana, o Brasil alcançou a triste marca de 294 mil vidas perdidas para a COVID-19.

Apesar disso, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social para conter a pandemia. A apoiadores, ele afirmou que os governadores "estão esticando a corda".

Enquanto a situação se agrava e o governo parece jogar contra, economistas e agentes importantes do mercado – incluindo banqueiros – criticaram a "negligência" do governo Bolsonaro e condenaram o "falso dilema" entre salvar vidas e a economia.

Entre as mais de 500 assinaturas estão os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira e Ruben Ricupero; os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga, Affonso Celso Pastore, Gustavo Loyola, Ilan Goldfajn e Pérsio Arida; o conselheiro do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles; e o presidente do Credit Suisse, José Olympio Pereira.

Você pode ler trechos da carta aqui.



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