Previ: Informações sobre a Operação Greenfield


Com objetivo de manter os associados informados dos fatos relacionados à nossa centenária Entidade, orgulho e patrimônio de todos os seus participantes, esclarecemos pontos que estão sendo objeto de debate na sociedade, em complemento à nota já publicada na 2ª feira, 05/09, "PREVI se posiciona sobre operação da Polícia Federal".



Os fatores que levaram o Plano 1 a registrar o déficit acumulado em 2015 são conjunturais e foram amplamente debatidos com todos os associados nos encontros que a Diretoria realizou nos principais Estados, onde concentram-se 85% dos nossos participantes. De forma clara e acessível, nosso resultado encontra-se disponível no balanço, aprovado e publicado em março/16 e também no Relatório Anual 2015. Para relembrar números que estão disponíveis na apresentação de resultados de 2015, somente em cinco ativos tivemos queda de R$13,4 bilhões, quando comparamos seus valores com aqueles contabilizados em 2014. São eles: Vale, Banco do Brasil, Neoenergia, Petrobras e Bradesco. Nenhum desses ativos têm relação com a operação Greenfield.



A maioria dos nossos investimentos de renda variável foram adquiridos no final da década de 90, carteira de ativos reais da economia brasileira, que nos últimos quatro anos vêm sofrendo com a queda do PIB. Mas são esses mesmos ativos que, na década de 2000, fizeram a rentabilidade ser tão acima da meta atuarial que, por ter o volume regulamentar de reservas superados, por sete anos consecutivos, as contribuições para o Plano 1 ficaram suspensas e, por três anos, seus associados receberam um adicional de benefício (BET). Todas as informações estão abertas para a sociedade brasileira no site da PREVI. Todos os números, ao longo dos anos, foram escrutinados pelos órgãos de governança, tais como o Conselho Fiscal e as auditorias externas independentes. Portanto, o resultado do Plano 1 em 2015 não possui qualquer relação com os fatos objeto das investigações que estão em andamento pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal.



Com o objetivo principal de dar transparência aos resultados e prestar contas de forma permanente de todos os ativos, neste ano, a Diretoria criou o Hotsite Resultado, onde são apresentadas as principais informações relacionadas ao desempenho dos planos administrados pela PREVI, mensalmente. Nesse endereço já está disponível o resultado acumulado até Julho/2016.  Para se ter uma ideia e base de comparação, no caso das empresas de capital aberto, a obrigatoriedade de divulgação de resultado é trimestral. Embora a PREVI tenha uma exigência legal de divulgação anual, temos prestado contas de forma continuada, praticando atualizações mensais.  Aos associados que ainda não o acessaram, sugerimos que o façam, para os esclarecimentos que julgarem necessários. Ressaltamos, mais uma vez, que essa prestação de contas é aberta, em área pública do site, atendendo não apenas aos associados, mas a sociedade em geral.



Participação da PREVI na CPI dos Fundos de Pensão

A nossa Entidade prestou contas recentemente a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), fornecendo informações, documentos e prestando depoimentos, cujo relatório final foi disponibilizado a todos os associados, por meio de matéria publicada no site da PREVI.



Na CPI, comprovou-se que a PREVI possui um modelo de governança maduro e consolidado, com criterioso processo de análise e decisão de investimentos, compatível com as boas práticas de mercado. Dos 15 investimentos destacados no Relatório da CPI dos Fundos de Pensão, a PREVI investiu apenas no FIP Sondas. A Comissão concluiu que o investimento de R$ 180 milhões foi baseado em análise técnica do projeto e no montante que garantiria à Entidade indicar um membro para o Conselho de Administração da Sete Brasil. Chamada a subscrever novas cotas do FIP Sondas, em 2011, a PREVI decidiu não exercer seu direito de preferência e não investir mais no Fundo. O relatório da CPI concluiu quanto à decisão de não aporte que "fica evidente, a DIRIN/GERIN não se restringiu a observar o limite estabelecido pela Política de Investimentos da PREVI. Em que pese essa política ser um importante escudo contra a elevada exposição a riscos, ela não é e não pode ser a única defesa. Para alívio de seus beneficiários, a área técnica da PREVI foi além e identificou, com facilidade, outros fatores que elevavam o risco do negócio e decidiu por não recomendar qualquer nova subscrição de quotas no FIP Sondas."  No relatório não foram imputados culpa ou dolo, por parte da PREVI, na análise e aprovação inicial ou mesmo na reestruturação do investimento na Sete Brasil.



Quanto à análise das premissas para avaliações atuariais, o Relatório identificou que a PREVI "usa premissas cada vez mais conservadoras, além de serem mais aderentes à massa de participantes". Aponta que houve redução da taxa de juros o que aumenta o passivo e impacta negativamente o resultado do plano e conclui que "diante do efeito das alterações das premissas atuariais, com impactos negativos no resultado do plano, verifica-se a apuração de déficit no plano apenas em 2015 (com significativa influência do desempenho da rentabilidade de investimentos)”.



Operação Greenfield

Em relação à operação Greenfield, a Previ esclarece que não tem investimento nos seguintes ativos: FIP CEVIX, FIP MULTINER, FIP OAS EMPRENDIMENTOS, FIP ENSEADA, FIP RG ESTALEIROS e FIP FLORESTAL.



Dentre os investimentos citados na Operação, a PREVI possui participação apenas nos seguintes:

INVEPAR: a Invepar foi criada em 2000. Atualmente, a participação da PREVI na Companhia está contabilizada pelo valor de R$ 2,04 bilhões, data-base 31/12/2015 (data do último balanço). Considerando esse valor, o retorno do investimento para a PREVI representa 161,4% acima da taxa atuarial. Como várias empresas brasileiras que vem sofrendo com a queda de PIB nos últimos três anos, a Invepar teve menor tráfego de carros e caminhões passando pelas suas concessões rodoviárias e menos pessoas viajando de avião.



FIP SONDAS (SETE BRASIL): A Previ aportou R$180 milhões à época da criação do FIP, sendo cotista com 9,9%, juntamente com bancos nacionais e internacionais, bem como outros fundos de pensão com patrocínio estatal e privado, mostrando ser um bom negócio. A aprovação seguiu a Política de Investimentos da Entidade. Quando da oportunidade de participar de aumento de capital, com base na mesma Política de Investimentos, a nossa área técnica não recomendou novo aporte. Por isso a Previ foi diluída de 9,9% para 2,3% do referido FIP.



É sempre importante ressaltar, mais uma vez, que esse investimento foi profundamente investigado pela CPI dos Fundos de Pensão, e como já relatado acima, a atuação da PREVI foi destacada como um exemplo na avaliação do aporte inicial e na decisão de não acompanhar a segunda oportunidade de investimento. Dessa forma, a Previ atualmente tem a segunda menor participação no fundo, em um universo de 12 cotistas.



FIP GLOBAL EQUITY: Fundo de Investimento criado em 2008, cujo gestor era Global Equity Administradora de Recursos, o administrador era o Citibank (posteriormente substituído pelo Santander), os auditores externos do fundo e das empresas participadas eram KPMG e E&Y - Ernest Young, o avaliador dos projetos era a Colliers, todos agentes do mercado reconhecidos à época. O fundo buscava uma rentabilidade de IPCA + 9,5% a.a., através do investimento em uma carteira diversificada de construção de imóveis residenciais e comerciais destinados à venda. A Previ investiu no fundo R$ 82 milhões e sua participação se deu no comitê de investimento, votando de acordo com a governança do fundo.



No final de 2015, ao perceber que o gestor não estava cumprindo seu papel, a Previ, em conjunto com os demais cotistas, liderou o processo de substituição do gestor e está adotando todas as medidas cabíveis para reaver os valores investidos, no melhor interesse de seus associados.



Com relação aos investimentos citados, serão adotadas todas as medidas de esclarecimento na Operação Greenfield, sem jamais abrir mão da preservação da instituição Previ, seus participantes, assistidos e corpo técnico.



Já quanto ao ex-presidente Sérgio Rosa, importante ressaltar que os fatos a ele imputados - consultoria realizada para a OAS - se referem a período posterior a sua atuação na Previ, quando já não exercia o cargo de Presidente e já tinha inclusive passado seu prazo de quarentena que proíbe trabalho em empresas que possuam conflitos de interesse. Sobre a acusação em relação ao ex-presidente, ele se posicionou publicamente, em oportunidade anterior, afirmando que não houve nada relacionado à Previ, conforme publicado na imprensa.

Portanto trata-se de relação que a Previ não possui qualquer ingerência e que, se existente, está na esfera de responsabilidades exclusivas de seus autores. Assim, não há fundamento a eventual tentativa de vincular a Previ a fatos dessa natureza.



Ratificamos que todas as informações atuais e passadas sobre nossos ativos encontram-se no endereço www.previ.com.br, de forma aberta e transparente. O resultado de Julho/2016 está disponível desde 24/08/2016 e a prestação de contas dos ativos também.



A PREVI reitera o orgulho pela força de seus dois principais ativos: seu modelo de governança maduro e transparente, com decisões de investimento rigorosamente direcionados por políticas e diretrizes bem definidas e formalmente aprovadas; e pela reconhecida capacidade de seu corpo técnico, profissionais qualificados e comprometidos, que permitem com seu trabalho e seus pareceres técnicos, que as decisões sejam tomadas com absoluta clareza pelas instâncias responsáveis.

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