As três comissões técnicas que apuram as responsabilidades nos
investimentos da Funcef sob investigação da Operação Greenfield concluíram os primeiros
relatórios finais. A apuração mais adiantada se refere ao Fundo de Investimento
em Participações (FIP) Enseada, que aplicou recursos na Companhia Brasileira de
Tecnologia Digital (CBTD), dona da marca Gradiente. O trabalho ficou a cargo de
uma comissão-piloto criada por portaria da presidência da Funcef. O relatório
foi avaliado pelas áreas de auditoria e jurídica e os citados já apresentaram
suas defesas. No momento, elas estão em análise para conclusão do processo e
posterior envio à autoridade julgadora.
Os trabalhos para apurar as responsabilidades nos investimentos do
fundo de pensão da Caixa sob investigação da Greenfield, iniciados em abril
deste ano, foram concluídos dentro do prazo-limite de 90 dias. A etapa seguinte
é a análise dos documentos pelas áreas de auditoria e jurídica da fundação, de
modo a garantir sua conformidade em relação às normas da Funcef e corrigir
eventuais erros processuais que possam prejudicar o andamento das apurações de
responsabilidade no futuro.
Depois disso, todos os autuados irão receber cópia do relatório
final e terão prazo para apresentar defesa por escrito. Diante das respostas
dos envolvidos, as comissões de apuração poderão ou não alterar suas conclusões
em relação aos fatos apurados. Ao final do processo, que assegura ampla defesa,
os relatórios e as defesas serão encaminhadas à autoridade julgadora –
diretoria executiva ou conselho deliberativo dependendo do caso. Até a
conclusão do julgamento, os processos devem ser mantidos em sigilo. Além disso,
por ser assistente de acusação do Ministério Público Federal, toda a
documentação produzida pelas comissões de apuração é encaminhada diretamente à
força-tarefa da Operação Greenfield.
Investidor Institucional