- Bolsonaro é risco à
democracia, e Lula é risco à economia, diz Edmar Bacha
Economista
também afirma que atual governo coloca em risco legado do Plano Real
Um dos responsáveis pela elaboração do Plano Real,
o economista Edmar Bacha afirma estar envolvido 100% na busca de uma
alternativa política aos nomes de Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as
eleições de 2022.
O primeiro, por representar um risco para a democracia. O
segundo, à economia.
“Não tem jeito, não. A gente tem de focar na
construção de uma alternativa melhor, que esse país merece”,
O sócio-fundador do instituto Casa das Garças também diz que
a gestão Bolsonaro/Paulo Guedes (Economia) coloca em risco o legado do Plano
Real e que as ameaças golpistas do presidente são parte dos problemas
econômicos do país.
- Bolsa acumula perda e dólar
sobe com desconfiança sobre recuo de Bolsonaro
Semana
de turbulências locais também fechou sob impacto negativo do exterior
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores
brasileira, fechou esta sexta-feira (10) em queda de 0,93%, a 114.285 pontos,
acumulando um recuo semanal de 2,26%.
O dólar subiu 0,76% e encerrou o dia
cotado a R$ 5,2670. Na semana, a moeda americana avançou 1,58%.
Para analistas, os resultados desta sexta refletem
a aversão de investidores ao risco motivada pelo desempenho negativo do mercado
nos Estados Unidos e também pela desconfiança quanto ao comprometimento do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em adotar a postura conciliatória manifestada por meio de uma
carta divulgada nesta quinta-feira (9).
Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram
nesta sexta 0,78% 0,77% e 0,87%, respectivamente, sob impacto do resultado
acima do esperado da inflação ao produtor americano.
Os resultados dos índices americanos colaboraram para que a
Bolsa brasileira fechasse no vermelho, segundo Romero Oliveira, chefe de renda
variável da Valor Investimentos.
Em meio a uma série de críticas de
apoiadores por causa da divulgação da nota em que busca aliviar a tensão com o
Supremo, Bolsonaro disse nesta sexta que não
recuou de nada e que jamais cometeu um erro.
FOLHA DE SÃO PAULO