MERCADO DE TRABALHO


82% ganham até R$ 2.200 em programa de corte de salário.

Em 2020, proporção da baixa renda entre os afetados pelo BEm era de 72%.

A nova rodada do programa de suspensão de contratos e corte de jornada e salário atinge mais trabalhadores de baixa renda neste ano do que em 2020. O programa já alcançou aproximadamente 2,5 milhões de empregados.

Balanço do Ministério da Economia mostra que quase 82% dos atendidos têm renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.200). O programa está em vigência há pouco mais de dois meses.

No ano passado, quando o BEm (Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego) foi implementado para minimizar impactos da pandemia da Covid-19, a proporção de baixa renda era menor —72% ganhavam abaixo de dois pisos nacionais.

A avaliação é que, diante das restrições provocadas pelo novo coronavírus no país, profissionais com remuneração mais alta normalmente têm mais condições de seguir em home office.

Mesmo em empresas com atividades suspensas, funcionários de áreas de recursos humanos, administrativo e financeiro, em geral, continuam em trabalho remoto.

Essa não é, no entanto, a realidade de áreas operacionais de indústrias que estão paradas, da maior parte dos trabalhadores do setor de serviços e de vendedores de estabelecimentos comerciais que estão fechados ou com escala reduzida.

Empregados com remunerações inferiores a três salários mínimos (R$ 3.300) estão aptos a fechar acordo individual com o empregador, modalidade mais simples e rápida. Essa regra vale também para quem ganha acima de R$ 12.800.

Todos os outros trabalhadores que estão na faixa entre esses dois valores dependem de acordos coletivos, negociados por meio dos sindicatos e que demandam mais tempo de debate.

O recorte dos acordos por renda mostra ainda que 12% dos trabalhadores atingidos têm remuneração entre dois e três salários mínimos e 3% ganham de três a quatro pisos (R$ 4.400).



FOLHA DE SÃO PAULO
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